terça-feira, 9 de abril de 2013

Escrever: Abrigo dos Desesperados.


Que medo do mundo, da vida, da fraqueza que exala em casa. Que medo do escuro, das sombras, do vazio que habita a sala. Meu bem, já não faz tão bem assim, essa história de esquecer em mim, as coisas que eram tuas. E quem vier depois, fica com as sobras do desamor? 

O café já não me causa efeito, os discos já não me influem mais e as palavras inspiram solidão. Não volta, me solta, esquece meu caos e os desajeitos que esbanjo nos olhos. Tudo vai bem, se você não vem, o paiero já tem meu gosto, meu rosto, meus sintomas. 

A saudade já não me invade e o amanhã já não me apavora. No meio de tanta bagunça, eu descobri que escrever é o abrigo dos desesperados.

- O Moço e o Ócio.

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