Eu voltei, cansada
do mundo, com olheiras fundas, roupas surradas e um coração mastigado. Voltei
pra ver se você ainda estava lá, de braços abertos e riso folgado pra me
receber. E estava. Curando a saudade dentro de algumas cervejas e alguns poemas
que esqueci embaixo da cama.
Sinto tanto por esses desencontros, moço, por essa
eterna falta e sobra de sentimento que às vezes nos rondam. Você sendo sempre o
copo d’água e eu essa eterna tempestade, que estraga tudo, que transborda tudo.
Somos pura contradição, somos antônimos que carregam os sinônimos do amor.
Somos tão errados um pro outro, que no fim de tudo acabamos certos e tolos.
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