quinta-feira, 25 de abril de 2013

Voltei.



Eu voltei, cansada do mundo, com olheiras fundas, roupas surradas e um coração mastigado. Voltei pra ver se você ainda estava lá, de braços abertos e riso folgado pra me receber. E estava. Curando a saudade dentro de algumas cervejas e alguns poemas que esqueci embaixo da cama.

Sinto tanto por esses desencontros, moço, por essa eterna falta e sobra de sentimento que às vezes nos rondam. Você sendo sempre o copo d’água e eu essa eterna tempestade, que estraga tudo, que transborda tudo. Somos pura contradição, somos antônimos que carregam os sinônimos do amor. Somos tão errados um pro outro, que no fim de tudo acabamos certos e tolos. 

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