sábado, 13 de abril de 2013

Era Um Amor.


Era um amor com cheiro de chocolate, com beleza de flor e preguiça de domingo. Tinha umas manias rotineiras, uns sorrisos bobos e uma porta entreaberta. Ele amava as tardes chuvosas e os abraços demorados das despedidas. 

Um amor leve, cheio de sonhos, bom humor e saudade na voz ao telefone. Foi um amor doce, meio apimentado de ciúmes, mas sensato em tudo o que fazia. Queria ser o primeiro a ser lembrado e o único a dividir a cama. Sonhou viver (e viveu) em porta-retratos, conhecer o entrelaçar de outra mão nas suas, desejar o mesmo céu. 

Mas foi como pôde. Foram páginas e mais páginas do livro da vida recontada, rascunhos na escrivaninha esperando que o vento o levasse embora para lugar algum.

Hoje é uma saudade carrasca e inconveniente, algumas palavras presas e algum horizonte perdido. E, se pode dizer que é falta, pode afirmar também que foi vida, bem vivda (diga-se de passagem), mas como acontece com milhões de sentimentos que moram em diversas pessoas, teve seu auge, seu ponto forte.

Hoje o que ele encontra é uma porta fechada.


- Aryane Silva.

Nenhum comentário: