sexta-feira, 29 de março de 2013

Vestidos Que Se Vão.


Eu queria que caísse um raio na cabeça dele, mas não, a única coisa que aconteceu foi ele arrumar uma peituda em duas semanas. Eu? Não fiquei chorando pitangas nem carambolas nem acerolas. Quando ele virou pra mim e disse que precisava de um tempo, eu liguei pra mãe dele e disse "graças a Deus você não é mais minha sogra". O quê a velha fez? Retrucou dizendo "ele nunca foi meu filho enquanto esteve contigo! Logo, nunca fui sua sogra". Ódio à primeira vista. Os amigos dele disseram que lamentavam, mas tavam precisando de reforço no time dos solteiros mesmo. Estreou marcando três. Três marias-chuteiras que tavam olhando de fora. 

No primeiro fim de semana eu fiquei postando frases da Tati e da Clarisse. No segundo, saí pra comprar um par de sapatos novos e me senti melhor. Ah, publiquei muita coisa do Caio. No terceiro eu comprei um vestido, liguei pras amigas e fui pra boate. Não caiu um raio na cabeça dele, mas o queixo veio à baixo quando me viu agarrada com um cara na fila pra entrar. Um amigo gay, mas ele não precisava saber. 

Depois, parei pra pensar e tive uma epifania: as pessoas passam na nossa vida como vestidos. Alguns caem bem, outros não. Alguns esvoaçam e te deixam na mão, tem os que rasgam e se vão na primeira vez que a gente usa. E terão aqueles que serão os preferidos e nunca mais sairão de nossas vidas. Isso se nenhuma medida mudar, né?. Eu queria que um raio caísse na cabeça dele, mas o vestido novo já me caía tão bem que bastou. 

- G. Lacombe.

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