sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Amor Sadio.





Não dá para brincar de gato e rato com o amor. Só é teu o que cabe em teu peito. Se transborda o teu corpo, pertence ao mundo. Amor foi feito para completar. Para somar. Para sorrir. Para caminhar ao lado e dar a mão para cada tropeço, sabe?

Não dá para correr atrás do amor. Amor não é corrida. Nem muito menos prova de resistência. Amor é um passeio com vista para o mar com o sol se pondo no Arp
oador. Quando machuca, sua, dói, enlouquece, não é amor, é doença. Amor é sadio. É bicho irradio que quer ser domesticado.

Quando há greve de fome, falta de concentração, quando há mais choro do que riso, ameaças de morte ou ciúme excessivo, é doença. Amor é cura. É um gole da loucura. É louco apenas em não sentir o chão. E, não, cair com a cara nele.

Então, se não for amor, menino, pegue tua mochila que eu não estou pronta para esta viagem nebulosa contigo. Mas, se for, eu te empresto meu peito-travesseiro e te dou o papel principal das minhas histórias.

- Hugo Rodrigues.

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