terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Sou Assim.


'Porque eu sou fiel aos meus sentimentos. Vou estar com você quando eu realmente quiser estar. Vou te ligar quando eu quiser falar com você. Porque eu não passo vontade. E nem vou passar vontade de você.Não vou fazer joguinho. Eu me entrego mesmo. Assim, na lata.'

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Ela.



Seus olhos são meus leitores prediletos. Adoro quando aqueles pequenos círculos castanhos passeiam pelas folhas da minha pele e me leem como um religioso em meio à missa. Mas ela não tem religião. Acredita que o amor é o deus maior do mundo e não perde a fé na humanidade. Ela é Gandhi com peitos grandes e tatuagens. 

Sua bunda é como minha barra de chocolate favorito. Adoro mordê-la
. Sua nuca é cama kingsize para os prazeres do meu corpo. É meu portal, também. Por ali, começo a viagem - sem volta - à sua alma florestal. Ela tem jardins e borboletas sob a pele.

Ela é daquelas que dá vontade de beijar de olho aberto só para ter a certeza de que aquilo é realmente verdade. Daquelas que quando se vão - trabalhar, estudar ou qualquer compromisso diário - nos deixam com uma flor besta de saudade nas mãos, no peito e na jugular.

Ela desconhece degraus. Gosta de elevadores ou teletransporte. É do térreo à cobertura. E vice-e-versa. Não tem meio-tom, meio-termo ou meio-qualquer-coisa. Com ela é tudo sempre ou nunca. Quando está feliz, ela é capaz de colorir quarteirões com seus sorrisos extasiados. Quando está nervosa, derruba prédios na mesma facilidade que quebra coisas por aí. Ela é furacão e calmaria. E eu, que nunca fui surfista, me perco tentando me equilibrar em seus tsunamis devastadores. Mas quando mereço - quando sou bom moço -, ela me prepara uma rede e sua sombra à beira-mar capaz de fazer qualquer eternidade parecer tocável.

Amo o que ela é. Implico com o que ela foi. E sorrio bobo sobre como ela vai ser. E ela pode ser tudo: louca, sã, calma, psicóloga, artista ou cantora. Tanto faz. Ela tem um harém em sua alma e, no dia a dia, me surpreende como uma nova forma de ser. Ela é um cameleão de gente. Só não sabe mentir. Mas dissimula, vez em quando, uma falsa pretensão ao dizer que sabe viver sem me ter ao seu lado. Ela é tudo que algum homem possa querer. E eu só quero que eu seja o seu homem – assim, meio que pra sempre, sabe?

Adoro quando ela desenha qualquer ciúme. Mas, como uma criança má, diz que matará todas as mulheres do mundo só para nenhuma pequena me atrair pelo caminho. Como se fosse possível depois de conhecer seus olhos redondos, seus peitos rosados e sua virilha perfumada ter tempo – e vontade – de me aventurar em outras moças.

Quando acarinho sua orelha, ela agacha o queixo, cerra os olhos e faz um bico tão bonito, capaz de me agradecer em silêncio. Seu corpo, de algum jeito insano, tem encaixe com o meu – como se a senha para seu caixa-forte fossem apenas as digitais de meus dedos grossos. Ela é meu cofre, de onde entrei e me tranquei para nunca mais sair. Ali, fiz casa, cama, altar. Levei canga, café, cannabis, chocolates e colo. O que faltar, a gente compra no mercado ali perto. Nosso amor de tão simples fez-se – e faz-se – inesquecível.

Ela sabe tudo. Sabe como me fazer sorrir. Como me fazer chorar. Como me fazer gozar. Sabe Freud, Manoel de Barros, inglês, espanhol e um tanto de coisas que nem sei o que são. Ela só não sabe ir embora. O que é bom. É difícil partir e ter que repartir meu corpo como dela. Por mim, se Deus deixasse, dividiria ao meio só para levar um cadinho dela comigo por aí.

Ela xinga engraçado, mas quando não sabe o que me dizer, faz nascer um brilho nos olhos. E, seus olhos que antes eram meus leitores, agora são meus livros, onde descubro suas histórias, viajo por seus embaraços e repouso em suas páginas branquinhas com cheiro de conforto.



- Hugo Rodrigues.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Eu Não Sei Me Guardar




Não sou de me guardar, muito menos de me poupar. Acho que a gente deve deixar o orgulho, o ego e as aparências de lado e viver. Viver na forma mais intensa da palavra, pois tem gente que vê a vida passar pela janela do carro e não faz nada para mudar.

Sempre fui de me entregar aos sentimentos. Se a outra pessoa não tem capacidade, maturidade ou discernimento para entender, paciência. Pelo menos eu fico em paz com a minha alma. Isso vale muito. Além do mais, se alguém não consegue compreender um sentimento realmente não merece uma pessoa que saiba se doar.

(...) Não tenho muitas papas na língua. Já escrevi carta, bilhete. Já mandei flores, presente. Já mandei mensagem. Já liguei. Já fui pegajosa. Já fui horrorosa. Mas pelo menos eu fiz alguma coisa. O pior é ficar parado esperando a vida acontecer.

Se você tem vontade de dizer algo para uma pessoa, diga. Diga sem pensar em nada. Quando o que a gente diz vem de dentro, tudo faz sentido.


- Clarissa Corrêa.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Não Era Amor.


Era uma diversão, uma paixonite, um jogo entre adultos. Talvez seja este o ponto. Talvez eu não seja adulta suficiente para brincar tão longe do meu pátio, do meu quarto, das minhas bonecas. Onde é que eu estava com a cabeça, Lopes, de acreditar em contos de fadas, de achar que a gente manda no que sente e que bastaria apertar o botão e as luzes apagariam e eu retornaria minha vida satisfatória, sem seqüelas, sem registro de ocorrência? 
Eu nunca amei aquele cara, Lopes. Eu tenho certeza que não. Eu amei a mim mesma naquela verdade inventada. Não era amor, era uma sorte. Não era amor, era uma travessura. Não era amor, era sacanagem. Não era amor, eram dois travessos. Não era amor, eram dois celulares desligados. Não era amor, era de tarde. Não era amor, era inverno. Não era amor, era sem medo. Não era amor, era melhor.



- Martha Medeiros.

sábado, 12 de janeiro de 2013

Com Amor.



Com amor, a pizza pode ser fria, o refrigerante pode ser pepsi - e quente, o tempo pode ser chuvoso e a TV pode ser sem graça. A gente sorri mesmo sem piadas ou coisa assim. Porque amor é gargalhar relaxado e involuntariamente.

- Hugo Rodrigues.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Meu Tipo de Gente.



Meu tipo preferido de gente é aquela que espirra engraçado, que ri com a mão na barriga, que canta e dança qualquer música. Aquele tipo de gente que tropeça e finge que tá correndo, que sai de pijama na rua, que acorda rindo.

Gente que não planeja tudo. Gente que pede licença, que diz 'obrigado', que pede desculpas, que chora assistindo filme. Aquele tipo de gente que é muito sincera, mas sabe quando e como falar, aquele que conversa olhando nos olhos.

Aquela gente que diz que te ama, que mexe no cabelo dos outros, que lê as coisas no elevador, que conta piada, que joga conversa fora, que te organiza uma festa surpresa, um almoço ou um jantar surpresa.

Aquele tipo de gente que te faz sorrir, que te faz sentir importante, que se importa. Aquele tipo de gente que não tem vergonha de ser feliz. Gente que gosta de gente.

- Autor Desconhecido, Adaptado.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

O Amor da Sua Vida Já Chegou.

Sabe, se eu fosse você não esperava mais o homem ou a mulher da sua vida. Aquela pessoa bonita, inteligente, charmosa, bem educada e que gosta de cuidar dos pais. Esse é o homem perfeito. E o homem perfeito tem chulé. Essa é a mulher perfeita. E a mulher perfeita não entende suas ironias. Nem aquela pessoa que gosta das mesmas músicas que você, opina no seu guarda-roupa, repara quando você está triste e te indica um bom clínico geral. Se ele for homem, provavelmente é gay. Se for mulher, sem dúvidas te considera só um bom amigo. 

Essa pessoa vai aparecer aí qualquer dia desses. E não vai ser do jeito que te ensinaram a esperar, nem como acontece magicamente nas comédias românticas ou como se conheceram seus avós. Você entende, não entende? Histórias como as do cinema acontecem na proporção que seu vizinho ganha na Mega-Sena. Vocês se esbarrariam por acidente em alguma seção do supermercado, você comprando sushi e vinho, ele, duas caixas de cerveja e amendoim – ou vice-versa. Oi, você! Quanto tempo! Nossa, é mesmo! Como você está linda! Meu Deus, como você emagreceu! E pirlimpimpim. No dia seguinte ele te liga, te leva para jantar, se dá conta que a vida é muito mais legal ao seu lado e na velocidade de um cometa Halley vocês moram juntos, noivam e se casam. Não. Não vai ser assim. Pode ser assim. Mas é mais fácil não ser.

Essa pessoa não vai chegar de repente, ela vai chegar devagar. Ela não vai chegar para te dar susto, e sim para te acalmar. De todos os problemas, aflições e dificuldades. Essa pessoa vai simplesmente, sem poréns, te compreender. Não vai chegar para te levar às alturas, como paixões loucas que nos fazem sofrer, perder a fome e nos morder de ansiedade numa sexta feira à noite. Ela vai te ensinar a não ter medo de altura. Ensinar que paixão não é amor. Amor é amor e isso basta. Mais do que isso não será necessário explicar. E você vai naturalmente acreditar. Assim, amar vai te dar uma fome surreal de viver.

Não, por favor, desista. É mais provável que não seja aquele seu caso antigo, arrependido, pedindo para voltar. Se ele foi embora, ele teve motivos. O amor da sua vida vai ter muitos motivos para te deixar. Ô… Vários! A cada TPM, chilique desnecessário, quatro horas na mesma loja do shopping. E você também, ao ver a toalha dele em cima da cama, a tampa da privada levantada, o futebol de quarta. Você, provavelmente pensará diversas vezes o quanto é difícil conviver e gostar. Mas, é que se for para ir embora, se for realmente verdadeiro do início ao fim, vocês vão embora juntos.

Enquanto isso, enquanto ele ou ela não vem – se vem – você aprende entre amores e desamores: o grande amor da sua vida é você.


- Marcella Brafman.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

O Primeiro Beijo


A gente não devia ter dado o primeiro beijo. Aquele beijo bom, com gosto de quero mais e molhado de clichês que depois invadiriam nossas rotinas, deveria ter sido evitado. Como nos beijamos, passamos para a expectativa do próximo encontro. Que deveria ter sido evitado também. Aquele encontro bom, gostoso, tranquilo, tudo porque você me tratava bem e me queria por perto. Nunca poderia ter ocorrido. Passamos de fase.

A primeira vez que dormimos juntos, de conchinha, abraçados, essa noite não tinha que ter existido. Ali, duas almas se tocando e se entendendo pelo toque os dedos dos pés se davam. Essa noite, se abdicada, não teria nos levado à primeira transa. Aquela cheia de vontade em que despejávamos muito de nós e de toda intimidade que tínhamos adquirido um com o outro. Não podíamos ter feito aquilo. Pulamos de fase.

O encontro com os seus pais, que eu tanto temia, deveria ser riscado da história. Não que eu tivesse medo que ficasse sério, ou mesmo que tivesse, mas tiraria de nós a expectativa por esse mesmo lance de seriedade. Não deu. Logo depois veio mais um encontro, com mais uma noite, mais beijos e mais transa. E mais a gente se afundava dentro de nós. Suponho que tudo isso não deveria ter acontecido. Mas aconteceu.

Não podíamos ter sentido saudade, não deveríamos ter nos achados completos um com o outro, não era justo criar sempre mais e mais expectativa. Teríamos evitado os meus erros, as suas mágoas, nossas angústias e todo o choro que veio depois. Aquele último encontro, antes da gota d'água, era ali que o destino deveria ter mudado. Mas, com mais um deslize aqui, se perdeu esse caminho.

Tudo não deveria ter acontecido porque eu queria evitar ao máximo chegar onde estou hoje. Não devo, não posso, não quero que aconteça, que ocorra, queria poder fazer diferente. Mas não dá. Eu aqui, do lado de toda a saudade que não deveria carregar, te amo com toda a força que meu coração consegue suportar.


- G. Lacombe.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Se For Pra Sofrer.



Se for pra sofrer então que seja por alguém que te deu historia, alguém que fez valer a pena. Se for pra sofrer então que seja por alguém que pelo menos um dia já te deu valor, alguém que já foi de verdade, e não se importe se hoje ele não sofre mais, ou até se ele nunca sofreu, se importe em sentir, e quando passar se importe com o próximo sentimento que vier. 

- Rauany Fernandes.