sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Movida Pela Paixão.

Eu sou um ser totalmente passional. Sou movida pela emoção, pela paixão. Tenho meus desatinos. 

Detesto coisas mais ou menos.

Não sei conviver com pessoas mais ou menos. Não sei amar mais ou menos. Não me entrego de forma mais ou menos.

Se você procura alguém coerente, sensata, politicamente correta, racional, cheia de moralismo.. Esqueça-me!

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Vida Conscientemente Executada.


Os ganhos ou os danos dependem da perspectiva e possibilidades de quem vai tecendo a sua história. 

O mundo em si não tem sentido sem o nosso olhar que lhe atribui identidade, sem o nosso pensamento que lhe confere alguma ordem.

Viver, como talvez morrer, é recriar-se! 

A vida não está aí apenas para ser suportada nem vivida, mas elaborada. 

Eventualmente reprogramada. Conscientemente executada. Muitas vezes, ousada.

Lya Luft.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Pote de Sorrisos.

Tomei uma dose extra de esperança, sacudi a cabeça para acordar e dei um grito de coragem. Agora é bola pra frente, com uma única certeza: Sempre haverá um pote de sorrisos no fim de um túnel escuro e difícil de ser ultrapassado.

- Tatianna Reiniger.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Mais Gentileza, Por Favor!

Outro dia – numa roda de amigos – surgiu um assunto que me fez pensar: já repararam que nesses tempos modernos, deixamos a gentileza de lado e nos desculpamos pelos maus modos, colocando a culpa no estresse? Pode ser uma resposta atravessada por conta do trânsito caótico. Pode ser o prazo curto. A falta de dinheiro. A falta de tempo. A falta de saúde. A falta de graça na vida. Os motivos são muitos e não param. Mas será que – em nome das nossas “faltas” – temos o direito de sermos MENOS humanos? Onde foi parar a delicadeza, a gentileza, a educação e o respeito? Onde foi parar o que nós SOMOS?
Desculpe-me, mas é difícil responder. Estamos tão individualistas que mal percebemos o outro. Eu, pessoalmente, acho uma falta de inteligência privilegiar apenas o SABER e não valorizar quem tem uma visão generosa do mundo. Para mim, a combinação dos dois – conhecimento e sensibilidade – são um prato cheio para vivermos melhor. E crescermos tanto pessoal, quanto profissionalmente.
Infelizmente, não é isso que vemos por aí. O respeito parece ter saído de moda. Gentileza, então, virou gíria das nossas avós. Nada de “bom dia”, “boa tarde”, nem um olhar que te perceba como indivíduo.
Importante esclarecer: não gosto de generalizar. Conheço pessoas que – no meio do salve-se quem puder! – continuam a ser PESSOAS.  Enxergam, em seus olhos, o outro. Oferecem – sem o menor constrangimento – um abraço sincero. Uma ajuda inesperada. Um elogio. Um silêncio na hora certa.
Isso, para mim, não é frescura. É apenas a boa e velha educação pedindo passagem... Implorando para não ser esquecida, dentro do carro, na hora do rush.
Claro que não é preciso dizer “obrigada!” a cada minuto. Mas antes uma palavra doce do que deixar nosso lado brucutu (acredite, todo mundo tem um!) falar mais alto e acabar com a CORDIALIDADE que ainda nos resta.
Você acha esse papo ultrapassado? Chegou, então, a hora de me desculpar. DE NOVO.
Sei que pode parecer ingenuidade minha, mas eu continuo com fé no ser humano. (E em mim). Acho que a pessoa que desenvolve sua sensibilidade para perceber o outro (seja no trabalho, em casa, na rua ou na fazenda), só tem a ganhar. Uma promoção. Um trabalho melhor. Um amigo de verdade. Um dia mais feliz. Ou apenas um sorriso que – a meu entender – já vale o esforço.
Por isso, venho escrever esse texto para tirar meu nó da garganta e alertar aos que ainda sabem ouvir: o mundo precisa de mais gentileza. E menos – muito menos! – cara amarrada.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Proibido Ser Morno.

Hoje acordei cheio de vontades, engasgado com meus tantos anseios. Ainda na cama desejei ser um galã à moda antiga e quem sabe enviar uma carta apaixonada para bem longe, só pelo prazer de esperar ansiosamente por uma resposta construída com palavras imprevisíveis. Abri os olhos com a ânsia gritante de recrutar amigos, dos mais sem vergonha, e fazer com eles minha primeira serenata, dessas que começam com pedra atirada na janela e terminam em aplausos solitários e lágrimas caindo de surpresa sobre o parapeito do meu peito, água derramada pela mulher descabelada, que envergonhada mostraria todos os dentes num sorriso impossível de ser guardado para mais tarde.

Hoje despertei arrependido pelas tantas portas de carro que deixei fechadas, com medo de ser cavalheiro em demasia, de fachada, a ponto de parecer mal-intencionado num mundo que atropelou tanta gentileza do passado. Acordei sem conseguir engolir as muitas vezes que cheguei à casa dela de mãos vazias, quando o que mais queria era ter sido portador de um buquê com rosas bem tagarelas, que infelizmente deixei caladas, intocadas na vitrine da floricultura.

Hoje chorei por ter perdido os versos que a vida me obrigou a esquecer antes mesmo que eu pudesse escrevê-los em algum guardanapo de boteco, SMS etílico ou no coração alado de alguma mulher que por ao menos uma noite foi inteira minha. Hoje sorri quando me vi no espelho e em meio à minha barba escura percebi um solitário fio branco, a prova irrefutável de que estou envelhecendo, aprendendo a perder tudo que tenho para quem sabe um dia, poder ensinar algo sobre ganhar o que me falta.

Hoje comemorei com fogos de artifício e champagne as minhas incontáveis derrotas, as inúmeras vezes que passei longe do pódio e nem ao menos pude estimar o peso daquele troféu. Celebrei os gols praticamente feitos que perdi em cima da linha do pênalti, os socos dos quais não fui capaz de esquivar e principalmente, as vezes que subestimei meu adversário e felizmente percebi minha falta de modéstia enquanto superestimava-me. Aplaudi esses tantos tombos com a certeza de que foram eles que me lecionaram o sabor perigoso da vitória e todo o risco presente nas medalhas de ouro que carregamos no peito, como se vestíssemos uma armadura dourada de orgulho.

Hoje cantei Sinatra no banho e sem me importar com meu desafino fiz do xampu microfone, como se pelado eu trajasse chapéu e gravata borboleta, mais que isso: como se de dentro do meu box de vidro transparente eu pudesse enxergar o mundo todo do meu jeito, “My Way”, feito de muita poesia e folhas em branco, prontas para receber a tinta fluorescente dos meus insaciáveis desejos.

Hoje acordei fervendo, com febre de viver e uma incendiária certeza: para abrir os olhos de verdade, não é permitido ser morno. Não importa com qual pé pisará primeiro quando resolver sair da cama e do coma, apenas pise forte e mantenha seus passos com fome, o mundo está ali para que você o devore já! Não espere tanta coisa esfriar.

Ser morno é caminhar em cima do muro, é esperar o tempo passar sem passar pelo tempo. Ser morno é segurar a cintura dela com a mão frouxa, é fazer sexo sem entregar-se até colocar fogo no colchão. Ser morno é desejar coisas medianas e saciar a vontade com coisas menores ainda. Ser morno é fazer striptease pela metade, penetrar pela metade e amar pela metade. Ser morno é estar sempre meia-bomba e não deixar nenhum estilhaço cravado no mundo. Por mais masoquista que pareça, prefira aquilo que queima e inevitavelmente marca – essas são as coisas que, no futuro, te farão olhar pra trás e constatar que a vida valeu a pena.