O meu amor pelo país não será amarrado numa
chuteira, ele segue no dia a dia, na luta. Minha força é mostrada quando
insisto em ser honesta, em trabalhar, em estudar, em lutar por um mundo melhor.
Recuso a mediocridade de querer ser a nação
do futebol, do samba e da alegria. Quero mais. Quero saúde decente, para que meus
avós não tenham morrido em vão; Quero educação de ponta para os filhos que
terei; Quero honestidade em cada político eleito, em cada brasileiro que vive
em nosso solo; Quero segurança, para não ter mais que assistir pela TV alguma
mãe abraçada ao seu filho morto; Quero uma vida digna, de fato.
Temos muito a mudar, conscientizar e evoluir.
E isso terá um gosto salgado, seja do nosso suor, seja de nossas lágrimas.
Alegria alienada não traz nada de produtivo. Ao contrário, nos faz achar que
ficará tudo bem.
Lamento pelos ufanistas utópicos, mas
queridos, não ficará. Pelo menos não enquanto não desapegarmos do sentimento
de inferioridade e aceitação.
Agora é a hora. Vamos absorver o impacto da
pancada e aprender com ela. O jogo da vida começou. Chute essa bola. Jogue
para as crianças que ainda não viram um país de verdade. Jogue por uma vida
digna! Eu acredito. ‘Somos uma Legião’.
- Lívia Castro, Adaptado.
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