Os homens que eu conheço não possuem motivos para irem embora. Mas vão. Porque são os homens. São os homens que eu conheço.
Os homens que eu conheço não se arrependem, desprendem-se em fração de segundos. Não imploram, não suplicam, aceitam. Ficam até quando der, sem nada dar.
Conheço homens que pagam contas mas que devem amor a juros. Conheço homens que já não pagam nada e que nem sequer apagam a luz. Que dormem e acordam todos os dias com a mesma mulher sem achar isso fantástico. Os homens que eu conheço não acham nada fantástico.
Está tudo bem para os homens que conheci. Nunca esteve tudo tão bem assim. Os homens que eu conheço esquecem, esquecem que eu os esqueci. Os homens que eu conheço voltam quando querem. E vão, eu num vão de solidão. Os homens que conheço provam a cada dia que são tão homens, são os homens que talvez eu fosse, caso quisesse que o sentimentalismo deixasse de existir.
Ouvi falar sobre homens que descartam relacionamentos incríveis sem nem ao menos saberem explicar o motivo. Que amassam emoções como se fossem papéis usados. Que calam. Que estragam.
Ironicamente, mal posso esperar para conhecer o que eu já conheci. Os homens que sempre me trombam por aí.
Conheço homens que dançam, dançam até cair. E levantam, sem nem terem se recuperado da última música. Vão embora, embora fiquem rodeando por aqui.
Os homens que eu conheço são vazios. E as mulheres que eu conheço estão cheias. Cheias de homens vazios.
- Claramentes.
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