quinta-feira, 27 de junho de 2013

Para Viver Um Novo Amor.

Você acorda num daqueles dias difíceis pra viver, com peito apertado e desejando que "a" pessoa predestinada para a tua vida te ligasse, batesse na tua porta ou estivesse sentada no metrô lendo o mesmo livro que você. Sim! Podia ser hoje. Aquele amor da vida chegar. Podia ser agora que você está arrumada e de batom ou uma verdadeira bagunça por dentro precisando de qualquer abraço protetor. 

Podia ser hoje, já que tudo o que você queria do final da semana era deitar debaixo do som da chuva de conchinha. Podia ser hoje que você está triste e se sentindo pequena e sozinha. Podia ser hoje, já que você se deu conta que aquela despedida na esquina do antigo amor foi um nunca mais. 

Ah! Claro! Um amor novinho em folha bem quando você mais precisa! Que clichê seria. Mas não, menina. Amor não tem hora pra chegar, tempo de duração ou aviso prévio antes de partir. Amor é surpresa. A gente tá ali, no meio do dia, brincando de viver, conhecendo e sentindo o bom e o mal do mundo até que um outro te faz sentir tudo isso. Pronto, o amor chegou de novo. E pode ser nos olhos de uma pessoa que a gente nem imaginava que poderia ser. Mas é preciso estar distraído do passado e atento ao redor. Porque muitas vezes a gente se fecha demais quando chega o fim. 

É preciso acreditar no recomeço porque a verdade é que, todos os dias o amor acaba pra um dia outro amor nascer e, talvez, por isso, a gente sempre sobreviva a ele. 

- Larissa Bottas.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Ele e Ela.

Ele vinha cheio de atropelos e desenganos, ela se equilibrava sozinha outra vez. Ele era incerto, não sabia muito sobre o amor. Ela transbordava a certeza de um alguém. Ele buscava companhia para uma noite, fugia de compromisso. Ela fazia planos, queria escrever o seu final feliz. 

Ele era aventureiro e disso ela gostava. Ela era corajosa e isso o impressionava. Ele fazia mágica em seu mundo real certinho demais. Ela fazia cócegas em seu coração e despertara nele uma segurança que ele não tinha com ninguém. Ele era o avesso dos sonhos dela. Ela era a cilada da qual ele fugia. Ele queria a liberdade. Ela almejava a estabilidade. Ele roubou um beijo. Ela o abraçou como se mais nada importasse.

Marcely Pieroni Gastaldi.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Cuida Dele.

Ô moça, diz pra ele que ele esqueceu uma camisa sem botão aqui em casa. Combina comigo e combinava tanto com ele que eu fiquei com dó de devolver só pra poder dormir com ela. Ela sente falta do botão e eu sinto falta dele e a gente acaba se encaixando na hora de apagar a luz. Diz pra ele que eu ainda caminho de noite pelo mesmo caminho de sempre, mas agora sem rumo. E não tem aplicativo que vá substituir a voz dele me dizendo tudo o que ele dizia e recompensando pelo dia difícil. Moça, cuida dele como quem cuidaria de um menino de 5 anos, porque no fundo ele é bem assim. Você vai descobrir isso quando ele estampar na cara um sorriso babão por causa da coleção de carrinhos que ele tem. Vai estampar na cara um sorriso e eu espero que você se derreta com ele como eu me derretia.
Conta pra ele que eu aprendi a jogar videogame só pra passar daquela fase difícil. E por mais que a gente nunca tenha passado dela, eu tentei aprender umas formas de levar o jogo até o fim. Diz que eu espero que vocês consigam passar de fase juntos e que ele te leve pra jantar num mexicano que tem na rua detrás da dele. Ele vai te oferecer alguma coisa bastante apimentada só pra te ver lacrimejando, moça. Mas nem é por mal. É uma daquelas pegadinhas sem graça que ele faria até se você tivesse morrendo de cólicas no sofá da sala. Dá uns tapas nele e sorri. Sorri porque é desse jeito que você vai conseguir desarma-lo. E ele fica tão doce quando não tem defesa ou reserva, que é capaz de se esquecer do jogo de futebol do time dele só pra te abraçar até às 3h da manhã na sua cama ou na dele. Você tem fome de madrugada, moça? Ele tem. Acompanha ele até a cozinha, vai. Senão ele vai ser obrigado a confessar que tem medo de escuro e isso o deixa tão pra baixo. Não desperdiça o sorriso dele e garante que ele vá segurar na sua mão, nem se for pra te dar um susto no escuro da casa. O susto dele é carinhoso e eu te garanto que a falta dele seria muito mais assombrosa pra ti.
Ô moça, ele já tomou o antialérgico? Cuida dele pra ele não atrasar os horários, mas só fala umas duas vezes. Ele odiava quando eu me confundia com a mãe dele e me pedia pra lembrar que ele era um homem. Era. E era meu, mas agora eu acho que ele enxergo algum brilho nos seus olhos e vai querer te fazer tão feliz que você não vai ter tempo pra ser triste. Não vai ter tempo pra cansar demais dele porque ele vai sempre te dar espaço. E conforto. Deita no peito dele e desaba quando precisar, moça. O “meu bem” dele é a coisa mais fofa do mundo. Arranja algum apelido pra ele também, mas sem ser brega demais. Se usar alguma voz de bebê, você vai perceber como ele consegue revirar os olhos lentamente de uma forma irritante. Sai pra andar com ele aos domingos, moça. E solta dele. Deixa ele ir andando na frente e percebe como ele não foi feito pra ser domado. O carinho dele é cativado aos poucos. E aproveita a inclinação dele pra crianças e animais. Você vai babar tanto quanto eu quando aquele marmanjo segurar um bebê no colo.
Diz pra ele que eu vi futebol essa semana e torci pro time dele. Eles não ganharam e eu queria ter ligado pra jogar a culpa no juiz, no tempo chuvoso, na grama escorregadia ou no zagueiro novo. Queria tentar aliviar o mundo dele como ele sempre fez comigo. Moça, faz isso por ele. Alivia o mundo como se ele carregasse a vida nas costas. Ele tem mania de extravasar com alguns filmes bobos de romance que você nem imaginaria. Deixa ele desabar sozinho e não enche a vida dele de porquês. Uma hora ele precisa ficar sozinho pra não ter deixar sozinha de vez. Ele é grande, moça. E alto e bonito. E se ele olhar pra alguma outra moça na rua, finge que não viu. Ele poderia olhar pra mim hoje em dia e eu ainda morreria de inveja dos seus dedos entrelaçados com os dele. Porque é isso que importa pra ele, moça. Laços.
Diz pra ele que ontem eu não me segurei e chorei mais um pouco. E diz de novo que eu caminho, sim, toda noite pelo mesmo lugar e que a paisagem não é a mesma porque ele foi recortado dela. Que as minhas fotos sem ele perdem o efeito e não tem Instagram que resolva pra deixar a coisa mais bonita. Diz pra ele que eu até aprendi a tirar no violão a música preferida dele e que toda vez que eu canto num karaokê, é pra ele. Que eu fico até feliz de ver como ele sorri nas fotos com você, mas que eu não consigo deixar de sentir aquela pontada no peito e a dor no estômago por não ser mais eu.  Diz pra ele que as coisas vão bem, obrigada, mas bem nunca vai ser exatamente o que eu queria que fosse. E o que eu sinto tá guardado, sem lacre, numa caixa aqui de casa. Vai que um dia ele resolve voltar pra buscar a camisa sem botão, umas caixas e resolve me levar junto de vez?
Ô moça, cuida dele por mim, por favor. Cuida dele como ele sempre cuidou de mim.

sábado, 22 de junho de 2013

Missão Impossível De Ter Você Só Na Cama.

Ela se desenroscou do braço dele, de fininho, para que nenhum movimento brusco o acordasse. Calçou os chinelos e observou resquícios da noite passada – bitucas amassadas no cinzeiro, as duas taças, o vinil que tocava Chico e que parou de rodar ao perceber que os ouvintes estavam entretidos demais em outras tarefas. A última lembrança que tinha era da voz suave cantando algo como “e-me-beija-com-calma-e-fundo-até-minh’alma-se-sentir-beijada”.

Foi até a cozinha e pegou um copo de água. Na pia, as louças confraternizavam, cenário típico de homem que carecia dos cuidados de uma mulher na casa. Enquanto ela ainda morava lá, a casa tinha uma sensibilidade que tinha partido junto com ela.  Escutou ele se virando na cama, e voltou ao quarto na ponta dos pés. Não queria que ele acordasse – queria ficar ali, admirando-o por mais um tempo, já que essa era a hora mais oportuna para fazê-lo. Jamais teria coragem de demonstrar tal afeto se ele estivesse ciente disso. Ela sabia que o jogo era perigoso demais, porque tudo nele parecia ter uma química assustadoramente compatível com os poros dela. Ela tinha que admitir que não sabia brincar de ser fuck friend com ele.

A vida lhe ensinara a ter tato. As noites solitárias em casa esperando o telefone tocar tinham machucado o bastante. A ânsia de tentar desvendar intenções alheias também. Fez um pacto com a sua expectativa – se permitiria, sim, envolver com sujeitos que só queriam o seu corpo, mas prometeu que nunca mais roeria uma unha ou perderia um quilo por eles.
No entanto, ele parecia atraente demais, deitado ainda com um dos braços estendidos, exatamente como ela o deixou quando saiu de fininho do seu peito. Sabia que aquela posição era perigosa demais – evitava-a sempre, pois sabia que tinha uma queda e que se deixava apaixonar demais por abraços quentes e beijos na nuca. Especialmente os dele. Principalmente os dele.

Prometendo que seriam só mais cinco minutos, ela retornou silenciosamente à cama. Ele deu uns gemidos de sono, mas não despertou. Ela aproveitou para sentir mais uma vez aquele cheiro; pra tocar mais uma vez aquela pele que se fundia com a dela sempre que se tocavam; pra passar mais uma vez a mão nos cabelos macios dele; pra roçar de novo naquela barba que havia deixado marcas por todo seu corpo na noite passada, e tantas noites num passado que agora parecia fosco. O amor dos dois havia derretido.

Antes que fraquejasse de novo, ela se levantou. Recolocou as roupas que ele havia tirado com maestria horas antes. Lembrava-se de como ele sabia exatamente onde tocá-la; de como sabia exatamente quais botões a tiravam de si; de como entrava com imponência dentro dela, como nenhum outro havia feito. Ainda nem estava pronta pra partir, mas seu coração já doía de vontade de ficar. Ela conhecia esse sentimento de partir querendo permanecer.

Pegou uma caneta jogada em qualquer canto e arrancou uma folha do moleskine que descansava sobre a cômoda.

“É sempre um prazer ser sua de novo, mas meu coração é fraco demais pra te ter só na cama. Me corte da sua lista das ex que não resistem ao seu sexo e que sempre cedem a um convite para um remember. Sou imatura demais pra brincar disso. Nosso jogo termina aqui.” Assinou com uma marca de batom borrado.

Enquanto descia as escadas solitárias do prédio, ela pensava que a vida às vezes doía demais. Pensava se um dia a batalha do coração X razão iria acabar. Essa guerra já tinha deixado feridas demais dentro dela.
Mas ela sabia que a vida iria continuar.

O roteiro já estava pronto. A dor no peito iria persistir por mais alguns dias. Teria de controlar os dedos que insistiriam em querer discar o número dele. Teria de travar na garganta a voz que queria gritar e dizer que ele não tinha o direito de brincar com o coração dela. Que ele foi cruel demais quando confessou, numa noite fria de inverno, em meio a uma conchinha depois de um sexo qualquer, que a tinha traído com a hostess do bar na noite anterior. E que tinha bancado a desencanada quando topou revê-lo esporadicamente para assuntos sexuais, mas que tinha falhado na missão. Com ele, não se envolver era missão impossível. No entanto, nada seria dito e ela novamente engoliria o choro. Seguiria os dias normalmente. No trabalho, ninguém perceberia que ela morria por dentro enquanto digitava os relatórios.

A dor iria diminuindo a cada dia, até desaparecer.

Pra voltar novamente, dilacerando o coração masoquista por causa de um outro amor.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Amiga.

Amiga não é quem te vê todos os dias. Amiga é quem, apesar de não te ver, tá sempre ali contigo, sintonizada. Pode se passar dias, meses, anos. Mas encontrar um amigo é sempre parar no tempo, nada muda. Se você tem problemas e tem amigos, você tem mais que isso. Tem sorte.

- Marcella Fernanda.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

A Revolução Sem Nome.

Saindo um pouco do propósito do blog, senti a necessidade de escrever um post sobre tudo o que está acontecendo nesses últimos dias.

Essa Revolução Sem Nome, começou por causa do aumento de R$ 0,20 nas passagens dos ônibus. A minha geração, FINALMENTE, resolveu tomar as ruas por um direito que é nosso.

O movimento, que teve início em São Paulo como "Movimento do Passe Livre", hoje ganhou dimensões inenarráveis. O país inteiro está indo às ruas reinvidicar não só o aumento das passagens, mas a melhoria dos transportes, da saúde pública, o fim da corrupção, entre muitos outros problemas que temos enfrentado.

Eu me emociono genuinamente ao perceber que estamos fazendo história. Mesmo que eu não esteja fisicamente lá - devido a um joelho machucado, eu estou fazendo a minha parte. Expondo a minha opinião, incentivando aquelas 700 mil pessoas que estavam no centro do Rio de Janeiro hoje, e mostrando àquelas pessoas que estão irritadas pelos engarrafamentos que estão sendo causados pelos manifestos, que é por uma boa causa. Boa não, uma ÓTIMA causa. É como uma placa que vi pelas redes sociais: "Desculpe os transtornos, estamos mudando o país!"

Uma voz não tem força, mas a junção das vozes, sim. Os jovens do Brasil inteiro já conseguiram a diminuição do valor das passagens. Agora a luta continua. Ainda temos muito pelo que lutar. E o importante é que o passo inicial já foi dado. Um grande passo. E agora eu digo com convicção: Tenho orgulho de ser brasileira!

- Tatianna Reiniger.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Hoje Bateu Saudade.


Mesmo assim, com todas as antigas juras de te-esqueci, hoje bateu uma saudade daquela sensação gostosa que eu tinha ao teu lado e achava que o mundo inteiro acabava em teu colo-universo. Sorri, meio boba e amarelada, quando uma amiga tua me contou do teu emprego novo e do nome que deu ao labrador. Zé. Onde já se viu chamar um cachorro de Zé? Mas tudo bem, você nunca foi bom em nomear as coisas. Nunca me esqueci quando me nomeou amor-eterno e depois mudou de mundo.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Meu Futuro Amor.

O meu futuro amor deverá aceitar meus momentos de querer ficar só, ligar com a voz carregada de saudades e dizer que se sente vazio sem mim. Mostrar que eu sou importante, ouvir meus sentimentos e valorizá-los. Olhar as nossas fotos em momentos engraçados e sorrir, na certeza de que ele escolheu o caminho certo. Preparar surpresas e ficar feliz com minha reação. Amar minhas manias. Adorar meu espírito livre e arteiro. Admirar os livros que leio e ter interesse nas coisas que domino. 

Ele deverá ser minha fonte de inspiração sempre, estar em meus sonhos constantemente e no meu pensamento a cada minuto. Que me encontre, depois de uma semana difícil, e me abrace, sem eu precisar pedir. Aliás, que eu não precise dizer nada, que ele conheça meu início e meu fim, e que me defenda do mundo fora de nós. Que brinde às minhas conquistas e tome um porre junto comigo, lamentando meus fracassos.

- Aryane Silva.

domingo, 16 de junho de 2013

Cansada Desse Quase-Amor.

Há muito tempo eu não perdia uma noite por causa de alguém. Talvez tenha sido a pior noite da minha vida depois que te conheci. Engraçado, porque todas as noites eu vou dormir com você na cabeça, mas dessa vez foi diferente. Foi diferente porque ontem eu não senti saudade como o de costume, era só tristeza mesmo. O que eu sentia era uma imensa vontade de pôr um ponto final nessa nossa história sem começo. Mas, ao mesmo tempo eu queria acreditar que você era diferente, porque eu sempre tive esperança em você, sempre achei que você iria me fazer ver o mundo com outros olhos. 

Fiquei durante muito tempo pensando numa maneira certa de agir, foi aí que decidi esquecer essa porra de quase-amor que eu sinto por você. E era isso que mais doía, o quase-amor, porque no fundo eu queria que fosse amor. Mesmo assim, insisti em colocar um ponto final. Jurei pra mim mesma que ontem à noite seria última vez que eu iria olhar suas fotos e ouvir a nossa música, apaguei suas mensagens, exclui suas fotos, joguei fora tudo que me lembrava você. Bateu o desespero e chorei igual uma pré-adolescente quando leva seu primeiro fora. Chorei até dormir e acordei lembrando que havia sonhado com você. 

Agora nem dormir em paz eu posso mais, ver você se tornou uma questão de fechar os olhos. Não chorei mais, em compensação quebrei meu juramento assim que saí da cama, fui correndo ver suas fotos e jurei de novo que seria a última vez. Fiquei triste o dia inteiro, aí você me procura, inevitável, acabei sorrindo ao ver você falando comigo. Droga, você também não me ajuda. Queria tanto ficar bem sem você, sem falar, sem contato, mas ao mesmo tempo quase morro quando você não me conta como foi seu dia. Já basta essa distância insuportável e ficar um dia sem ter noticias suas acaba comigo.

Mas, decidi que preciso te esquecer. Só que eu acabo lembrando, de como você é lindo quando ta comigo, do seu sorriso, dos seus olhos fixados nos meus, das suas mãos nervosas no meu corpo, de como é bom dormir com você e sentir sua boca na minha enquanto a gente “tenta” dormir. 

Talvez essa seja a parte que mais me dói, ter que esquecer tudo isso. Ou talvez, o que mais me dói é ter fantasiado a nossa relação porque você me deu espaço pra isso. Durante muito tempo eu esperei por você, mas infelizmente, eu não moro em um castelo e muito menos sou uma princesa, pra ficar procurando em você um príncipe pro meu conto de fadas. A não ser que você construa um castelo e me peça pra ficar e nunca mais desistir de você.

- Noite Passada, Tati Bernardi.

sábado, 15 de junho de 2013

Ser Livre Pesa.


Todo mundo tem suas carências, todo mundo é humano, todo mundo sente! Uns sentem mais, outros menos, alguns quase nada, mas sentem! Podem adorar ser livre de noite na balada, no barzinho com os amigos, mas pelo menos antes de dormir ser livre pesa.

- Tati Bernardi.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Ela Ficou.


É pela sensibilidade dele que ela ficou. Encantada. É pela novidade que ele oferece. Pela casa, pela harmonia. Pelo sossego. E pela invasão também. Pela presença tão inteira. Pelos encontros não marcados.

- Bibiana Benites.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Procurando Explicação.


Não adianta ficar procurando explicação pro que não deu certo. Uma justificativa acalma a alma, mas a procura por ela é desgastante e, às vezes, sem fim. Tem coisas que simplesmente acontecem. Amor nem sempre é suficiente. 

Grandes amores demandam grandes histórias, e grandes histórias geralmente não tem finais de contos de fadas.

- Autor Desconhecido.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Desvios.

Como me incomoda te ver passar e ter que fingir que somos completos estranhos. Me incomoda fingir que não nos conhecemos, já que nos conhecemos melhor até do que gostaríamos. Eu continuo sendo tudo aquilo que você já sabe, mas que você não vê mais. 

O desvio dos encontros, o atraso das passagens, a fuga nos intervalos. Me incomoda demais o cruzar dos corredores e os “bom dia’s” apenas para cumprir com educação numa vontade de provar que não nos importamos. Numa vontade de esquecer que estamos alí. Numa vontade de apagar que já estivemos juntos em outro lugar. 

Desculpa, eu sei o quanto isso parece ridículo demais diante de tudo o que já vivemos. Hoje, somos metade do que éramos quando nos conhecemos, mas infelizmente, às vezes, a gente tem que se fechar todo pra cicatrizar e conseguir voltar a ser inteiro.

- Larissa Bottas.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

No Sinal.


O sol continua a subir no céu, é uma linda manhã. Ela está indo pro colégio, ele ainda não foi dormir depois da noitada de ontem. Um dia normal, como qualquer outro. Mas o sinal faz com quem fiquem emparelhados. E aí o dia deixa de ser como os demais.

- Três Metros Acima do Céu, Frederico Moccia.

domingo, 9 de junho de 2013

Poderíamos Casar.

Poderíamos casar. Não chegaríamos sequer perto do exemplo de família perfeita. Teríamos um apartamento, quem sabe uma casa com jardim e um cão com pêlo brilhante. Improvável.

Tomaríamos café as cinco da tarde. Você reclamaria o fato de eu ligar o chuveiro horas antes de ir para o banho. Eu, por você ter arranhado meu cd de jogo favorito. Eu não admitiria o quanto você fica bonito quando bravo e você não diria que lembra da cor do sapato que eu usei quando nos vimos pela primeira vez. Discordaríamos quanto à cor das cortinas. 

Não arrumaríamos a cama diariamente, beberíamos juntos em algum club no final de semana. A geladeira seria repleta de congelados e coca-cola, o armário, de porcarias. Adiaríamos o despertador umas trinta e duas vezes só para ficarmos horas na cama enrolando e falando qualquer besteira. você me ensinaria alguma coisa sobre futebol, e eu te convenceria a assistir aquele filme no cinema. 

Sentaríamos na sala de pijama e pantufas, você iria direto para o caderno de esportes no jornal e eu comentaria alguma notícia qualquer. Você saberia o nome do meu perfume, eu saberia onde você largou a última edição da revista de música. Sairíamos pra jantar em algum dia de chuva e não nos importaríamos em chegarmos encharcados. 

Dormiríamos com o computador ligado. Nos beijaríamos no meio de alguma frase. Você pegaria no sono com a mão no meu cabelo e eu, escutando sua respiração. Eu riria sem motivo e você perguntaria porque, eu não responderia. Saberíamos. Poderíamos casar.

- Caio Fernando Abreu.

sábado, 8 de junho de 2013

Sensor Pro Amor.

Domingo pela manhã. O celular toca. Em meio a lençóis e raios de sol iluminando o ambiente, você o encara. Mas não atende. Não é preciso olhar para adivinhar quem está chamando. Você sabe. Não é nenhum estranho, nem um simples conhecido. Olhando o vazio do teto, enquanto em sua mente se passam mil e uma histórias, o celular continua tocando. Logo surgem lembranças de dias e noites nos quais a diversão foi em dupla. Você se lembra de que, mesmo que por alguns minutos ou horas, essa companhia fez você esquecer do mundo e se concentrar naquele momento. Mas o tempo passa. Horas, dias, semanas. E aquele momento passa ser tão real quanto um sonho lúcido. Você até duvida de que aqueles dias realmente existiram. Você não queria que eles realmente tivessem existido, foi só casual.

A saudade pós-ficada é a pior de todas. Ela vem como uma flecha no peito, silenciosa o bastante para não ser notada e tão rápida que nenhuma armadura consegue parar. Junto dela, vem uma dose de esperança, que enche a mente de expectativas muito maiores do que ambos os lados gostariam. Junto com a saudade, vem a carência e a dúvida. Todo esse redemoinho de sentimentos chacoalha os pensamentos da mesma forma que um liquidificador tritura os ingredientes de um bolo. O resultado é uma mistura líquida de desilusão com uma pitada de não correspondência. Misturas como essa, que agora, povoam a mente de quem fez a chamada.

É incrível como existe tanta gente solteira e infeliz. Duas coisas que não deveriam andar do mesmo lado da estrada. Antes de dividir sua alegria com alguém, é preciso que ela esteja inteira em você. Mas apesar disso, em grande parte das situações, fechamos nossos sensores. Seja um convite pra pegar um cinema com aquela pessoa ou algo menos óbvio, como uma simples saída com os amigos. O fato é que sempre tentamos fugir de novas experiências. Queremos algo, mas temos medo de experimentar. E sempre temos uma desculpa pronta. Rotina. Trabalho. Tempo. Mas a verdade é que não queremos. Não prestamos atenção. Não nos empenhamos. Temos preguiça. Às vezes o que buscamos , a chance que tanto queremos, pode já estar do nosso lado, na sala de aula, no trabalho, no trânsito. E muitas vezes, quando a encontramos, a deixamos escapar. Não, o que procuramos nunca vem com um sinalizador. Ou com um farol ou uma placa enorme. Vem sem nenhum aviso. Vem sorrateiro. Disfarçado. Silencioso. E passa mais rápido do que pensamos. Se não conseguirmos identificar o que buscamos por baixo de sua simplicidade, ela vai embora, e há grandes chances de que ela nunca mais retorne.

Sabe aquele encontro de uns dias atrás? Aquele jantar romântico depois daquela sexta-feira chata? Aquele cara que se encantou com seu sorriso e conta as horas pra te ver? Aquela garota que encara seu nome como sinônimo de saudade? Talvez o que você procura esteja ali, sob o disfarce de um lance casual. Não tenha medo de experimentar o novo, de levar um fora, de ser taxado de infantil e ingênuo, de se entregar. Nenhum ato em nome de um final feliz, por mais impossível e doloroso que possa parecer, é pior do que o arrependimento de nunca ter compartilhado. Portanto, erre mais. Aprenda mais. Arrisque mais. Se esforce mais. Se entregue mais. As coisas boas virão com o tempo.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Amor de Antigamente.

Hoje jura amor eterno, amanhã nem olha nos olhos e, provavelmente, semana que vem encontra um novo amor. Hoje em dia, 'te amo' virou 'bom dia', 'boa noite' e até mesmo 'tudo bem?'. Prefiro nunca ouvir um 'te amo' a vida toda, do que ouvir um falso 'te amo' todos os dias.

Qual é o significado do amor?

Amar alguém e sentir reciprocidade nisso, passear de mãos dadas com quem sabe usar aliança de compromisso, sentir aquele frio na barriga toda vez que se encontrar. Olhar nos olhos desse alguém e saber que ali há amor e que isso não precisa ser dito várias vezes ao dia. Ninguém quer frases decoradas, nem palavras repetidas. Quer sinceridade. Hoje, tudo está tão monótono que uma prova de amor se resume a uma atualização de status no Facebook, expondo uma felicidade que, às vezes, nem existe. Ou melhor, um amor que não existe.

Talvez eu tenha nascido na época errada. Queria ser do tempo em que uma serenata embaixo da janela era declaração de amor. Que versos e poesias eram feitos de um sentimento real. Gostaria de acreditar nas pessoas. 

Queria uma companhia agradável para ver um bom filme num sábado à noite. Queria mais simplicidade e menos aparência. Queria ficar sentado no silêncio absoluto ouvindo o som das ondas quebrando na areia vendo o pôr do sol. Queria que o amor de hoje fosse como o amor de antigamente.

- Autor Desconhecido.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Saudade de Mim.


Fiz tudo que podia para ficar com você. Fui até onde meu coração deixou. Até onde suportei. Até onde consegui resistir. Mas não consegui. Qualquer tipo de sentimento, para viver e se fortalecer, precisa de cuidado e atenção. E eu não podia fazer por mim e por você. Por isso, desisti. Afoguei esse quase amor que tinha por você e decidi seguir em frente.
Dei um suspiro fundo. Um suspiro de verdade, vontade, saudade. Um suspiro diferente, sem mágoa, coerente. Ai, que saudade daquela pessoa sem medo, que se entregava sem pensar em nada, que tinha a ingenuidade no coração e no olhar. Ai, que saudade de mim.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Um Sinal.

Eu só queria um sinal. Sei lá, ligar a TV e alguém falar “espera mais um pouco, vai valer a pena”, sabe? Não importa onde ou com quem eu esteja, meu pensamento tá sempre no mesmo lugar. Eu acho um absurdo você me controlar assim, com essa facilidade, devia ter lei contra isso. 

Odeio você não me deixar ir embora, mas nunca me pedir pra ficar de vez. Com você eu sou inteira, sem risada alta, maquiagem, sem medo, com todas as minhas inseguranças expostas. Sou meu lado amiga e meu lado mulher, pela primeira vez eu sou os dois juntos. Deve ser por isso que eu te amo tanto, sem bloqueios. 

Não faz assim, não fala as coisas brincando. Fica sério e diz que me ama. Não me deixa desviar o olhar, desconversar, fala sério comigo. Eu só queria saber se tô nessa sozinha, se a brincadeira só ficou séria demais pra mim. Não quero adivinhar, achar, supor, quero ouvir de você que eu não tô louca, que a gente tem sim futuro. Quero claro no escuro. De confusão, basta a minha.

- Marcella Fernanda.

domingo, 2 de junho de 2013

Amiga de Verdade.

Amiga pra mim é aquela que surta junto, que fica tão desesperada quanto você. Amiga de verdade é aquela pessoa com quem você pode compartilhar seus pensamentos mais mesquinhos, seus comentários mais medíocres, sem pensar e sem culpa. Porque amiga que é amiga não te julga, nunca. Apoia as loucuras, fica feliz com a sua felicidade e sem chão também quando você perde o seu. 

Minhas melhores amigas me mandam sms de madrugada, me apoiam quando eu digo que vou incendiar a casa de alguém, mandar uma inbox inapropriada ou jogar alguém da escada. Incentivam todas as minhas tentativas de felicidade, por mais tortas que sejam. E todas as minhas formas de escape quando elas dão errado também. 

Amizade é porto seguro, parceria, é lugar pra descansar de tudo e pra não querer ir embora.

- Marcella Fernanda, Adaptado.

sábado, 1 de junho de 2013

Amor Como Religião.



Eu acho que amor é a única religião que o mundo anda precisando. Tenho visto tanta gente que levanta as mãos pra "louvar" e não estende as mesmas mãos pra levantar alguém que precise de ajuda. Tanta gente que aponta o dedo pra julgar, mas não abre os braços pra acolher. Tanta gente que pede perdão a Deus, mas não perdoa a quem lhe fez mal.

- Autor Desconhecido.